Review – Semicase dupla para contrabaixo Solid Sound

23 maio

Fala pessoal! Fasano’s que eu não passo por aqui né!

Mas agora eu terei um tempo extra e tenho muitas novidades para contar! A começar por essa grande (literalmente) novidade:

SEMICASE DUPLA PARA CONTRABAIXO SOLID SOUND

É isso mesmo! Tá rolando no mercado uma semicase dupla da marca Solid Sound. A Solid Sound é uma marca que quase todo mundo conhece… não é o caso de ficar pagando pau pra marca ou coisa parecida. Vamos direto ao assunto 🙂

De cara eu já digo uma coisa: A semicase é gigante! NÃO TENTE EMBARCAR COM ESSA SEMICASE COMO BAGAGEM DE MÃO! hehehehe

Partindo desse pressuposto, tenha em mente que, viajar de avião com essa semicase é certeza de que ela será despachada!

Bom, fora este pequeno detalhe, o que eu posso dizer dela? É uma semicase para carregar 2 baixos, apesar de ficar superpesada. Por fora, é fabricada em E.V.A. Por dentro, ela é de espuma de poliuretano com aço nas laterais e o acabamento interno é tipo um tapete sintético. No quesito “construção”, realmente ela aparenta ser bem resistente, mas eu não sei se arriscaria a despachar um instrumento meu nela… No quesito acabamento, ela deixou a desejar um pouquinho, pois descobri dois rebites (espécie de “pregos” utilizados para prender as partes) soltos… não sei se isso pode acarretar em algum problema futuro, ou se é algo insignificante para a construção da mesma. Mas o fato é que eu vou testá-la até o fim, dentro do prazo de garantia de 30 dias (garantido por lei).

No site da Solid Sound, é dito que dá para ser carregado como mochila. Sim, desde que você não se importe em prender a circulação dos seus membros superioes, sacomé né… As alças de mão, sim, são super reforçadas e não machucam ao carregar. E são duas mesmo, pra você segurar como se estivesse levando dois semicases!

O preço dela, no site da Solid Sound é de R$ 522,00, mas misteriosamente, o preço dela cai vertiginosamente no site da Suporte Musical, caíndo pra R$ 467,00 e frete grátis. Ambos os sites parcelam sem juros no cartão de crédito. A diferença deste site é que o prazo de entrega é um pouco maior, pois eles fazem uma solicitação na Solid Sound, a empresa FABRICA sua semicase (caso não tenham para pronta entrega) e aí sim eles enviam para sua casa. Esse processo dura na média de 15 dias corridos.

Resumindo: se você é como eu, que faz muitos freelas e sempre utiliza mais de um instrumento por show, ela é super indicada, desde que você faça isso na sua cidade, de carro ou ônibus, sem ter que pegar um avião, claro. Mas se você busca uma semicase para viajar ou para facilitar na hora de levar mais de um instrumento como bagagem de mão, aí já não é o caso. Talvez o indicado seja investir em cases (não “semicases”) individuais, rígidas e próprias para o transporte de instrumentos no avião.

De fato, esta semicase é bem rígida, perto de algumas outras cases ditas como “rígidas”, como as da KGB (eu tenho uma). Acho que ela até aguente o tranco e o “cuidado” que as empresas aéreas têm com as nossas bagagens despachadas. Mas eu é que não vou pagar pra ver! 😛

Abaixo seguem algumas fotos detalhadas da semicase:

Semicase fechada

Visão dos compartimentos vazios

Visão dos compartimentos cheios

Vista interna (compartimento de cima)

Referência de largura (16 cm)

Referência de altura (1,20 m)

Comparativo retirado do site da Solid Sound

Rebites soltos (provavelmente foram usados em algum lugar)

Então é isso aí, pessoal! Nos vemos no próximo review! 🙂
Até a próxima!

Agenda!

25 out

Fala galera!

Devida a grande quantidade de pessoas que passaram por aqui no último post, resolvi dar um upgrade no blog, transformando-o em “site”! Pela primeira vez eu estou utilizando o blog com o novo domínio (raphagarcia.com)! 😀

E pra recomeçar o blog, vou utilizá-lo, também pela primeira vez, para uma das funções a qual ele foi criado: divulgar shows e agenda das bandas que eu toco!

30/10/11 -BH Metal Fest (com a Silvercrow)

BH Metal Fest

A Silvercrow, banda da qual faço parte, está no cast deste grande festival de bandas organizado pela produtora Open The Gates. As melhores bandas de metal da cena de BH estão presentes neste cast! Excepcionalmente neste show, o ex-baixista da Silvercrow BRUNO ARANTES é quem vai tocar, pois neste dia estarei em São Paulo, no show do Aerosmith!

 

02/11/11 – Final do Concurso de J-Music

Concurso J-Music

O pessoal do Senpuu Tokusatsu Clube me convidou e é com muita satisfação que serei um dos jurados na final do Concurso de J-Music que vai premiar uma das 4 bandas concorrentes com a gravação de uma Demo com 4 faixas no Estúdio Big Band!

As bandas são muito boas então escolher a melhor delas vai ser um trampo PESADO!

  • Data: 02 de novembro (quarta-feira)
  • Horário: 14h30 às 21h
  • Local: Casa Cultural Matriz (Rua Guajajaras, 1353 – Centro – Terminal Turístico JK – Belo Horizonte)
  • Ingressos Antecipados promocionais a venda nas lojas: R$ 10,00 (limitados)
  • Ingressos na porta do evento: R$ 15,00
  • Informações: www.concursojmusic.wordpress.com

 

05/11/11 – Poser Club (com a Sweet Cats)

Poser Club

Outra banda da qual faço parte, a Sweet Cats, fará show neste evento, tendo a oportunidade de dividir os palcos mais uma vez com a Sweet Sinners,  banda muito brother nossa! Esse show vai ser bruto! 😀

Então é isso aí, pessoal! Qualquer novidade, eu posto aqui para vocês!

Até mais! 🙂

 

 

 

 

 

Novidades na Serenata Savassi – 3

24 out

Fala, pessoal!

Bom, hoje é segunda-feira e, como de costume, dei uma passadinha lá na Serenata da Savassi para conferir as novidades. E hoje a loja tava recheada delas. Além de novos modelos de teclados (como os Juno Di) e guitarras (muitas e muitas Gibson’s e alguns exemplares raros de Music Man como a do John Petrucci e do Albert Lee), chegaram muitas novidades no mundo dos graves. Novidades “tão novas” que nem preço tinha ainda (UPDATE: agora já tem!), rs!

A primeira delas é um clássico Music Man StingRay de 4 cordas. Um baixo maravilhoso, com um timbre impressionante.

Music Man® StingRay 4

Eu já cheguei a tocar num desses que fica na loja do Centro, mas confesso que não me surpreendi tanto quanto esse de hoje. A dobradinha StingRay + Hartke me deixou impressionado.

Esse baixo dispensa qualquer tipo de comentário. Dispensa, inclusive, um baixista razoável como eu tentando tirar um som dele, como vocês podem ver no vídeo abaixo:

É um baixo muito versátil, com um sustain absurdo e um punch que eu jamais vi igual em nenhum outro contrabaixo que já toquei na minha vida!

Headstock Music Man® StingRay 4

Corpo Music Man® StingRay 4

  • Ficha técnica
  • Modelo: Music Man® StingRay 4
  • Peso: 4,65 kg
  • Corpo: Ash
  • Braço: Birdseye ou Flame Maple
  • Escala: Rosewood
  • Acabamento: Poliester brilhante
  • Nº de casas: 21
  • Ponte: STB (string through body) Music Man® cromada.
  • Tarrachas: Schaller BM
  • Controles: Volume, balanço, agudo e grave
  • Captação: Ativa Standard Music Man® humbucking com ímãs de Alnico
  • Cordas: Ernie Ball 45-65-80-100 (Super Slinky Bass #2834)
  • Valor na Serenata Savassi (BH/MG): R$ 9.189,00

A segunda novidade é mais puxada pro Metal. Lá eu tive a oportunidade de testar o baixo que fez com que um dos meus ídolos, John Myung, deixasse a Yamaha de lado para se juntar ao lado Music Man da força: o tão falado “Bongo”.

Music Man® Bongo 5

Esse modelo de 5 cordas é pouca coisa diferente do signature do Myung, de 6 cordas. Ele possui um captador Single Coil no braço e um Humbucker na ponte (o do Myung são dois Humbuckers), e os ímãs de Neodímio na captação dão a ele leve “drive” no output. Quem conhece o som do John Myung já pôde reparar essa característica na sonoridade desse baixo.

No vídeo abaixo eu toquei um pedacinho da música Erotomania, do Dream Theater, para se ter uma idéia do som:

Como vocês podem ver e ouvir, além do drive no som ele tem uma sonoridade mais fechada, mais opaca que o StingRay. Outra vantagem dele é que ele tem 24 casas, facilitando a utilização dele em solos e outros riffs com cordas soltas, por exemplo.

O shape dele é bem “futurista”, com cortes mais retos no corpo e no headstock do instrumento, evidenciando partes mais pontiagudas e menos cantos arredondados, diferente dos outros modelos clássicos da Music Man. Inclusive, o design desse baixo foi criado em conjunto com a BMW DesignworksUSA. Isso explica muita coisa! 😛

Headstock Music Man® Bongo 5

Corpo Music Man® Bongo 5

  • Ficha Técnica
  • Modelo: Music Man® Bongo 5
  • Peso: 4,2kg
  • Corpo: Basswood
  • Braço: Select Maple
  • Escala: Rosewood
  • Acabamento: Poliester brilhante
  • Nº de casas: 24
  • Ponte: Music Man® Chrome Plated
  • Tarrachas: Schaller BM
  • Controles: Preamp ativo de 4 bandas – vol, balanço de ponte/braço, agudo, médio-agudo, médio-grave, grave.
  • Captadores: Single coil + Humbucker com ímas de Neodímio
  • Obs: Possui modelo para canhoto
  • Cordas: Ernie Ball 45-65-80-100-130 (Regular Slinky Bass #2836)
  • Valor na Serenata Savassi (BH/MG): R$ 9.428,00

E falando em cortes pontiagudos, tive a oportunidade de testar um modelo bem diferente da Music Man: o Music Man Big Al, modelo baseado na guitarra signature do lendário Albert Lee.

Music Man® Big Al

Eu, particularmente, achei esse baixo com um som bem opaco, mesmo tendo a escala em Maple. Possivelmente foi porque não tive muito tempo para me familiarizar com tantos controles, botões, knobs e outros comandos.

O resultado de tantas combinações é uma versatilidade quase que infinita de sonoridades nesse baixo. São três captadores single coil com ímãs de neodímio, num corpo de mogno africano, com braço e escala em maple, ou seja, é uma miscelânea completa.

Como vocês puderam ver no vídeo, é um baixo que demanda bastante tempo para acertar as tantas combinações de timbres que você pode tirar com ele.

Ah! Vale a pena ressaltar que o corpo dele, mesmo tendo aquele pequeno cutaway na parte de baixo, costuma escorregar um pouco na perna, então não deixe de tocar utilizando uma alça! 😛

Headstock Music Man® Big Al

Corpo Music Man® Big Al

  • Modelo: Music Man® Big Al
  • Peso: 4,17 kg
  • Corpo: African Mahogany
  • Braço: Select Maple
  • Escala: Maple
  • Acabamento: Poliester brilhante
  • Nº de casas: 22
  • Ponte: Music Man® Standard
  • Tarrachas: Schaller BM
  • Controles: Preamp passivo: 500kohm volume and 250kohm tone – .047µF tone capacitor / Preamp ativo: EQ de 4 bandas – 25kohm volume, treble, high-mid, low-mid, bass
  • Sistema de captação: seletor ativo/passivo, seletor series/parallel, botões seletores para os três captadores single.
  • Captadores: Single coils tríplos com ímas de Neodímio
  • Cordas: Ernie Ball 45-65-80-100 (Super Slinky Bass #2834)
  • Valor na Serenata Savassi (BH/MG): R$9.190,00

Eu confesso que me apaixonei perdidamente pelo Music Man StingRay. Entretanto, esse último modelo que vou mostrar agora me surpreendeu DEMAIS também. Se trata do Music Man Reflex. Essa série foi criada para substituir a série de aniversário de 25 anos da Music man, ou seja, haja responsa!

Music Man® Reflex

Apesar do corpo desse baixo não ser o maaaais bonito já criado, a pegada dele é excelente. A captação dele é muito próxima da do StingRay, mas eu não senti esse baixo como uma boa opção para quem gosta de slaps. Entretanto, para grooves, esse baixo me surpreendeu muito!

Ele possui um “Tone Block” de mahogany (mogno) dentro do corpo dele. Além disso, o corpo dele é de Ash, com tampo em maple. É um corpo extremamente equilibrado nos timbres, num baixo muito leve.

Desconsiderando a rachada do áudio pelo microfone do iPod, repare no timbre desse baixo. Com os botões ativo/passivo, series/parallel e o EQ de 4 bandas você consegue quase que um som de captador da ponte do Jazz Bass. Isso, sem falar no punch que um captador humbucker proporciona. É tudo questão de EQ!

Timbre encorpado e uma pegada macia mesmo usando cordas .45. Isso tudo pelo “preço sugerido” (segundo a Music Man) de R$ 11.000 e qualquer coisa. Tá em conta, vai… 😛

Headstock Music Man® Reflex

Corpo Music Man® Reflex

  • Ficha Técnica
  • Modelo: Music Man® Reflex Bass
  • Peso: 4kg
  • Corpo: Ash com tampo em maple e Tone Block em mahogany
  • Braço: Select Maple
  • Escala: Rosewood
  • Acabamento: Poliester brilhante
  • Nº de casas: 22
  • Ponte: Music Man® Standard
  • Tarrachas: Custom Music Man
  • Sistema de captação: seletor ativo/passivo, seletor series/parallel.
  • Controles: Preamp passivo: 500kohm volume and 250kohm tone – .047µF tone capacitor / Preamp ativo: EQ de 4 bandas – 25kohm volume, treble, high-mid, low-mid, bass
  • Captadores: Single Humbucking em cerâmica
  • Cordas: Ernie Ball 45-65-80-100 (Super Slinky Bass #2834)
  • Valor na Serenata Savassi (BH/MG): R$ 10.531,00

E isso conclui o post de hoje! Para aqueles que moram em Belo Horizonte e RMBH, aconselho a dar uma passadinha lá na loja e dar uma conferida nesses baixos. É uma das raras oportunidades que temos de ver e tocar em grandes máquinas como essas. Espero que novidades como essas se repitam mais vezes por aqui.

Sessão dos Music Man®, no segundo andar da Serenata Savassi.

Ah! Em tempo: quando saírem os valores desses contrabaixos lá na Serenata, eu atualizo o post!

Até a próxima, galera! 🙂

— UPDATE —

Para você que tem dinheiro pra caralho e quer pagar metade do valor de um carro num baixo só por causa da marca, em vez de mandar um Luthier fazer um personalizado para você preza pela qualidade extrema de som e num acabamento impecável, saíram os preços dos contrabaixos lá na Serenata!

Os valores são:

Music Man Sting Ray – R$ 9.189,00

Music Man Bnogo – R$ 9.428,00

Music Man Big Al – R$ 9.190,00

Music Man Reflex – R$ 10.531,00

Chega lá, troca idéia com o Müller, fala que viu o post aqui no blog que ele eu tenho certeza que ele vai fazer um agradinho bacana pra você! 😛

Até mais, pessoal!

[Release] DVD Gustavo da Cunha – Estúdio CifraClub

28 set

Hoje eu vou deixar os graves do contrabaixo um pouco de lado para poder falar de um cara muito bom de serviço. É o violonista Gustavo da Cunha, também conhecido como “Gustavo Fofão”.

Na verdade, muita gente conhece o Gustavo da Cunha como um dos grandes instrutores de violão e guitarra do CifraClub. Mas agora ele vem despontando como uma das mais gratas revelações da música instrumental.

 [Gustavo “Fofão” da Cunha executando duas de suas composições no stand da Roland / Boss, Expomusic 2011 – créditos: CifraClub]

Gustavo da Cunha tem como referências grandes violonistas do estilo Fingerstyle como Tommy Emmanuel, Thomas Leeb, Don Ross, Andy McKee, Antoine Dufour, Trace Bundy, o jovem Sungha Jung, entre muitos outros.

Gustavo tem jeito próprio de conduzir suas composições, dentro do Fingerstyle. Mesmo quem não conhece os significados e as histórias por trás de suas músicas, consegue assimilar a essência das composições, pois Gustavo consegue transmitir exatamente aquilo que ele quer dizer, sem podar o importante espaço para uma livre interpretação de quem o ouve tocar.

Gustavo da Cunha

Gustavo Morais, coordenador de conteúdo dos sites Palco MP3 e Guitar Battle, conseguiu definir muito bem a sonoridade de Gustavo da Cunha no release contido no DVD:

“Buscando referências nas técnicas de Fingerstyle, ele arquiteta peças que derramam sensibilidade em forma de sons. Assim, consegue estabelecer a conexão ‘música X alma’ e entrega ao público trabalhos que cumprem de forma exímia o propósito de despertar um festival para os sentidos.”

Eu não vou mentir para vocês. Sou um grande fã desse músico há muitos anos. Acompanho-o por praticamente todas as bandas e trabalhos que ele participa, desde a primeira banda de Heavy Metal chamada “Waterfalls”, no qual ele era guitarrista e eu era o baixista. Atualmente ele segue firme em direção ao sucesso com seu trabalho próprio.

Hoje eu fiz questão de adquirir (sim, comprei mesmo) o DVD do Gustavo da Cunha para ouvir suas músicas, assisti-lo tocar e poder fazer um release sobre seu trabalho. Sempre digo aqui que tudo que é bom merece ser propagado ao máximo, e com ele não seria diferente. Este é um DVD gravado e produzido de maneira totalmente independente, utilizando apenas as instalações da Studio Sol Comunicação Digital para que pudesse ser gravado e produzido.

Apesar de Gustavo já possuir um repertório com várias músicas próprias e até algumas versões para clássicos como “Every Breath You Take”, este DVD é pequeno e possui apenas 5 composições próprias do músico, deixando todo mundo com vontade de querer ouvir muito mais.

Mas vamos ao DVD em questão:

DVD Gustavo da Cunha

A primeira música é a “The Swinging Tree”. Uma levada com um groove bem forte. Se você deixar a imaginação fluir ao ouvir a música, realmente irá imaginar uma floresta onde as arvores balançam ao som da música. Destaque para os dedilhados de base que, mesmo enquanto é feito um solo, conseguem preencher a música, fazendo com que pareça que tem uns três violões tocando junto.

A segunda música “Memórias” é a minha favorita. Uma composição recente de Gustavo, dedicada a seus pais. Logo na introdução já dá para sentir a nostalgia implícita nas notas da música. Essa música possui tantos detalhes em sua execução, que eu separei apenas dois para contar à vocês. Repare que durante o dedilhado de algumas partes da música vocês ouvem um estalar de dedos. Isso não é nenhum som que vazou na gravação ou coisa parecida, mas sim o próprio Gustavo que inclui esse som percussivo (característica latente em seu estilo próprio), para dar mais vida às suas composições. O segundo detalhe é o seguinte: reparem que ele está utilizando um capotraste na 5ª casa. Ao final da música ele utiliza um harmônico natural que está posicionado ATRÁS do capotraste, na 4ª casa. Genial! Uma obra prima!

A Terceira música e “Baguerinha e Chico”, música dedicada a dois cães que Gustavo possui: Baguera (in memorian) e Chico. A música tem uma levada alegre, com bastantes saltos de notas no braço do violão além de muitos elementos percussivos utilizando toda a extensão do corpo do violão. Não precisa nem conhecer A Baguera e o Chico para perceber o quão brincalhões eles são. Basta assistir a essa música para saber. Ao final da música, Gustavo utiliza mais um elemento curioso que é arranhar a corda do violão, como se a sonoridade obtida fosse uma “fungada” de cachorro. Bem interessante!

Quarta música: “Ananda”. Um dos temas mais antigos compostos por Gustavo da Cunha. Composição muito bem trabalhada no tom de Sol menor, acho que essa música não precisa nem de descrição. O nome e a sensação que ela transmite já falam por si só. Meu único destaque vai para os 2:30 da música, onde parece que tem três violões tocando: um fazendo a base, outro fazendo o baixo e um terceiro fazendo os harmônicos.

A quinta e última música do DVD é “About Friendship”, outra composição contemporânea da música anterior. Nessa música, vemos (e ouvimos) praticamente um ode à amizade. Reparem como as últimas cordas do violão sempre ficam soando, dando a ideia de integração entre solo, base e acompanhamento. Além disso, vemos a simplicidade de melodia na parte dos harmônicos naturais. Próximo dos 2:20, vemos que a harmonia fica um pouco tensionada, mas logo depois se resolve, fazendo um paralelo com a amizade entre duas pessoas que, às vezes, pode se tornar um pouco conflitante em alguns momentos, mas rapidamente tudo é resolvido. Os trechos que seguem próximo dos 4 minutos podem ter a mesma conotação descrita acima, levando o fim da música para algo bem definido, simples e tranquilo, como toda amizade deve (e merece) ser.

E estas são as 5 músicas contidas no DVD de Gustavo da Cunha. Este DVD é apenas uma versão promocional que ele fez para ter um material de divulgação, mas logo de cara podemos ver um trabalho muito profissional feito pela equipe do CifraClub, com o apoio da Studio Sol Comunicação Digital. Isso, sem falar nas composições e na execução do músico, que é coisa de primeira linha!

Em breve, possivelmente, sairá o especial do CifraClub “Talento” com o Gustavo, onde ele apresentará outras composições além dessas que já estão gravadas. O jeito é aguardar para podermos ouvir um tanto mais desse ótimo músico.

Ainda restam algumas unidades dessa raridade, que está sendo vendida a R$ 10,00. Mas quem quiser garantir um exemplar deste DVD vai ter que correr e entrar em contato com o Gustavo da Cunha pelo Facebook dele ou por e-mail.

Ficha técnica:

Composições e execução: Gustavo da Cunha

Imagens e edição: Humberto Lúcio Aroeira

Áudio: Flávio Versiani e Philippe Lobo

Release: Gustavo Morais

Apoio: Studio Sol Comunicação Digital

 

Até a próxima, pessoal! 🙂

Debulhando o pequeno notável.

26 set

Hoje vamos falar sobre ampficadores! Há um tempo venho percebendo que quando eu falo sobre uma marca de ampficadores compactos e potentes, muitos músicos não a conhecem. Não os culpo, de fato, pois essa marca não é muito conhecida, apesar de ser bem famosa fora do Brasil.

Na verdade, eu considero essa marca um “achado” para aqueles que querem qualidade sonora e muita potência em pouco espaço físico.

Sim. Estamos falando da marca Genz Benz. Mais especificamente o combo Shuttle 3.0 e a caixa 10T. É, literalmente, um “pequeno notável”.

Genz Benz Shuttle 3.0-10T

Comparativo de tamanho

Na foto acima podemos ver o quanto ele é compacto. Fotografei um combo montado (cabeçote + caixa) ao lado de um contrabaixo modelo Jazz Bass. E vocês podem notar que o corpo do contrabaixo já é maior que o amp, ou seja, ele é muito pequeno. E para quem acha que, por ser pequeno, ele não aguenta o tranco, veja o vídeo abaixo:

Como vocês podem ver e ouvir, o Genz Benz é parrudo. Apesar de não parecer, são 175 Watts de potência em 8 ohms ou 300 Watts em 4 ohms. É muito som! O grave dele tem bastante sustentação.

O falante de 10pol da caixa simplesmente não parece ter só 10 polegadas. Isso porque, em sua constituição, o falante é feito com ímas de Neodímio, raro metal encontrado na Terra, onde suas principais qualidades são a leveza e o aperfeiçoamento da potência. É, de fato, bastante forte e leve, se comparado com outros ampficadores com falante de 10pol, como o Cube-60XL da Roland, que tem menos da metade da potência, num falante do mesmo tamanho, e pesa o dobro do combo da Genz Benz.

Medidas do Cabeçote + Caixa

Nota: obviamente, se você jogar o cabeçote Shuttle 3.0 na potência máxima, o falante não irá agüentar e o som irá distorcer um pouco. Se quiser aproveitar a potência máxima do cabeçote, utilize-o em uma caixa que suporte potências maiores que 175w.

 

Vamos às especificações:

  • Peso do cabeçote: 1,25 kg;
  • Peso do caixa: 8kg;
  • Potência 175W em 8 ohms / 300W em 4 ohms;
  • Eq ativo de 3 bandas com médio semi-paramétrico;
  • Botões de Signal Shape de 3 bandas;
  • Saída para afinador e fone de ouvido;
  • Input auxiliar;
  • Falante 10pol de ímas de Neodímio, com tweeter;
  • Loop de efeitos;
  • Direct out (XLR);
  • Saída para caixas acústicas com conectores P-10 ou Speakon®.

 

O preço do brinquedo, no entanto, é meio salgado. Só o cabeçote custa a bagatela de R$ 2.336,00* e a caixa R$ 2.214,00*.

Entretanto, se você não quiser (ou não tiver como) gastar tanta grana assim, você pode adquirir apenas o cabeçote. Além de um excelente preamp para gravações, você poderá utilizá-lo em qualquer outra caixa ampficada mais parruda e com o custo mais reduzido (como as da Aguilar, por exemplo), aumentando ainda mais a “capacidade de destruição” desse bichinho.

Cabeçote Shuttle 3.0

Prós:

– MUITO compacto, fácil de carregar e leve. Cabe em qualquer lugar

– MUITO potente. Com ele dá pra fazer show em pequenos lugares, além de utilizar o cabeçote em outras caixas ou até mesmo como preamp em gravações

– MUITO bonito. Tanto o cabeçote quanto a caixa são muito bem apresentáveis com knobs de aço inox, e aumento gradativo de valores.

Contras:

– MUITO caro, muito caro mesmo, absolutamente muito caro. (mas acredito que valha o preço que custa)

– MUITO difícil de achar para vender. Só existe um único desses, em uma única loja de instrumentos em BH.

– MUITO difícil de comprar (porque é muito caro! Hahahahah)

 

Apesar do valor muito alto, eu só posso dizer que essa belezura aí está, com certeza, na minha wishlist. Quem sabe um dia eu não ganho na Mega Sena, ou não pego um freela milionário né? 😛

 

Até a próxima, pessoal.

 

*Preços praticados na loja A Serenata da Savassi (Belo Horizonte/MG), cotados no dia 05/09/11.

Resumo – IB&T Bass Festival Belo Horizonte 2011

12 set

Aconteceu nos últimos dias 8, 9 e 10 de setembro a segunda edição do IB&T Bass Festival em Belo Horizonte. Um evento sem precedentes na capital mineira, onde as portas do Evviva La Festa foram abertas para alguns dos melhores contrabaixistas do Brasil.

Alberto Magno (MG), em formato trio, abriu a primeira noite do festival com algumas músicas “lado B” de uma galera da boa como Richard Bona, Pat Metheny e outros. Marcelo Soares (SP), também com seu trio, veio para apresentar músicas do seu novo disco Condução Sonora.

A terceira atração da primeira noite ficou por conta de Adriano Campagnani (MG), e seu incrível trabalho ao lado de Augusto Rennó e Hugo Soares, apresentando músicas do seu recente trabalho chamado Galápagos.

Para fechar a primeira noite, Bráulio Araujo (PE), que já tocou com grandes nomes da música como Alceu Valença e Elba Ramalho, veio trazer a sonoridade do nordeste para BH, apresentando o Frevo de Maestro Spok, além do belo tema “Ilha”, homônimo de seu novo álbum.

Adriano Campagnani (foto: Frank Bitencourt)

A noite do segundo dia foi da pesada. Começou com Sandro Duarte (MG) abrindo os shows com seu quarteto e músicas de seu futuro disco, que será gravado em breve. Após ele, Beto Lopes (MG) chega com seu fretless destilando belos fraseados e temas juntamente com seu trio.

Após Beto Lopes, sobem ao palco João Souza e Michael Pipoquinha (SP). Este último, destaque no quadro “De Olho Nele” do Domingão do Faustão. A dupla, acompanhada de mais um baterista, fez muito bonito no palco, mostrando um belo entrosamento adquirido ao longo de aproximadamente 6 meses tocando juntos. Destaque para a desenvoltura de Michael Pipoquinha ao lidar com o público. Mesmo com apenas 16 anos de idade, o garoto já se mostra um músico profissional.

A atração seguinte quebrou tudo. Ney Neto (SP) veio com o baterista Dino Verdade e o guitarrista Dney Bitencourt. Além de mostrar muita virtuosidade nos pizzicatos e nos slaps, Ney também soube cativar toda a platéia com sua presença de palco. Destaques para os solos de bateria de Dino Verdade e para as duas últimas músicas tocadas por Ney e sua banda: uma foi um tema composto por Miquéias Santana, que morreu em um acidente em um mergulho no início de 2010. A segunda música é um destaque por conta da dobradinha entre Ney Neto e o mestre Celso Pixinga tocando juntos, relembrando os tempos do Two Four. Quem viu, viu.

Fechando a segunda noite, Thiago Espírito Santo (SP) sobe ao palco. Sem dúvidas é um músico que dispensa qualquer apresentação. Tocando temas de sua própria autoria, Thiago mostrou porque é conhecido e reconhecido nos Estados Unidos como um dos melhores baixistas de Jazz da atualidade. Eu, particularmente, prefiro chamá-lo de “o novo Jaco Pastorius”. Show impecável. Valeu cada centavo.

Thiago Espírito Santo (foto: Frank Bitencourt)

No terceiro dia, Pablo Juan (MG) abriu a noite com seu quarteto. Destaque para a difícil versão de “Norwegian Wood”, de Victor Wooten, que Pablo executou brilhantemente bem. Após ele, veio a apresentação de Filipe Marks (MG), produtor local do evento e grande músico. Tocando algumas músicas de seu projeto “Sonicboom” com o baterista João De Paula e outras músicas solo, sua apresentação teve destaque na versão que ele fez de “Human Nature”, de Michael Jackson.

E falando em música solo, Henrique Fontoura (RS) subiu ao palco para mostrar suas composições muito bem elaboradas em um baixo de 6 cordas. São canções bem melodiosas, com um ponto interessante que é o capotraste na 4ª casa das 5 primeiras cordas.

Após o Henrique, subiu ao palco o baixista divinopolitano Vagner Faria (MG). Com versões exclusivas para baixo solo, de músicas criadas para seu CD “Além do Olhar”, Vagner empolgou toda a platéia e mostrou a que veio. Destaque para a execução da música “U Can’t Hold No Groove”, de Victor Wooten, que Vagner emendou em uma das suas músicas.

A noite ainda estava terminando, mas a apresentação de Ronaldo Lobo levantou a galera. Com clássicos como o “Prelúdio em G” de Bach e “Wave” de Tom Jobim, Ronaldo Lobo apresentou, na prática, vários conceitos que ele havia ensinado em sua masterclass especial, realizada na Minueto Centro Musical, no mesmo dia. à tarde.

Aliás, falando em masterclass e aprendizados em geral, acredito que todo baixista que se preza já deve ter assistido pelo menos a uma vídeo-aula de slap, da última atração do festival. O nome dele é ninguém menos que CELSO PIXINGA (SP).

Utilizando seu Condor signature, seu captador hexafônico GK-3B da Roland e seu Loop Station da Boss, Pixinga deu um show à parte, mostrando o motivo de ser tão respeito e de não ser chamado de “mestre” à toa. Levadas de slap ultra rápidas e precisas. Feeling e técnicas precisas. Um show para fechar a noite, e todo o festival, com chave de ouro.

Celso Pixinga (foto: Rapha Garcia)

Minhas impressões pessoais:

O baixista é, definitivamente, um músico diferenciado. Além de saber ouvir a todos os instrumentos por conseqüência de sua função dentro de uma banda, ele sabe respeitar a hora de aparecer e a hora de deixar os outros aparecerem. O contrabaixo é um instrumento ímpar! É impressionante o quanto é agradável aos ouvidos as melodias e fraseados apresentados pelos grandes músicos que fizeram parte desse festival.

Com todo o respeito aos guitarristas, bateristas, tecladistas e todos os músicos de outros instrumentos, mas se o contrabaixo não fosse um instrumento tão agregador e a raça dos contrabaixistas não fosse tão tranquila de lidar, provavelmente esse festival não seria o sucesso que é, em todo o Brasil, desde 2006.

Alheio a isso, fiquei deveras impressionado com a humildade dos grandes músicos que vieram se apresentar. Músicos que tinham todas as condições para serem os mais “estrelas” do festival são, na verdade, um poço sem fim de humildade e gentileza. Estou falando de músicos do calibre de Thiago Espírito Santo, Ney Neto, Celso Pixinga, Ronaldo Lobo e tantos outros que vieram de fora de BH e trataram todo o público e a equipe de produção com tanto carinho e atenção.

O único ponto negativo que tenho a comentar é a falta de público. Com a média de 50 pessoas por dia (quando a produção esperava 80), vimos um contingente muito baixo, em relação ao nível das atrações que estavam se apresentando. Isso, sem contar na quantidade de gente que disse que ia aparecer no festival mas não foi, nas pessoas que ganharam ingressos em promoções e sequer procuraram para retirar os ingressos, sabe-se lá o porque… enfim… acontece.

Talvez, nos próximos anos, o festival tenha o reconhecimento que merece, tanto do público, da mídia, e de possíveis apoiadores e patrocinadores, que sequer se dignaram a querer saber um pouco mais, pensando que o festival seria apenas uma loucura de um cara que resolveu comprar essa ideia, tomar a frente e fazer acontecer isso a qualquer custo.

Em 2012 o festival promete ser ainda melhor, com mais atrações pesadas, e se tornando também, cada vez mais, uma vitrine para a apresentação de novos talentos. Parafraseando aquela campanha publicitária da Topper, posso dizer o seguinte: “IB&T Bass Festival. Isso ainda vai ser grande em Belo Horizonte.”

Se você foi ao festival neste ano, fica aqui o nosso MUITO OBRIGADO em nome de toda a equipe de produção, da qual eu faço parte. Se você não foi, eu sinto muito lhe dizer, mas você perdeu a chance de assistir o maior festival de contrabaixo do Brasil, com alguns dos melhores contrabaixistas do mundo. Aliás, bem feito! Isso é para você aprender a não perder o festival em 2012!

Equipe de produção (local e nacional) do IB&T Bass Festival, e mais alguns agregados, rs.

Se quiser conhecer mais sobre o festival, acesse os links abaixo:

http://facebook.com/FestivalBaixoMG
http://twitter.com/IBTBassFest_MG
http://ibtbassfestmg.wordpress.com
 

 

Um abraço e até a próxima! 😉

Novidades na Serenata Savassi – 2

5 set

Hoje é segunda-feira e, como de costume, é dia de dar uma passadinha na Serenata Savassi e conferir as novidades em equipamentos e instrumentos da semana. Em relação a instrumentos, nada de novo. Mas em relação a amplificadores, havia uma novidade.

Roland Cube-60XL

É o versátil combo de 60 Watts da Roland. O Cube-60XL é uma boa opção para quem quer um amp para tocar em casa, fazer pequenas gigs e até mesmo para quem quer utilizá-lo como “set de efeitos”. Mas disso, falaremos mais tarde.

A versatilidade dele começa pelo preciso afinador cromático embutido, posicionado próximo ao knob de simulação de amps. Além disso, ele é pequeno e leve: possui 42cm de largura x 47,9cm de altura x 32,5cm de profundidade, e pesa 16kg.

O Cube-60XL tem uma constituição bem firme, com uma grade frontal e duas saídas de ar para dar mais “punch” e aprimorar ainda mais os graves. Além disso, ele é todo reforçado com cantoneiras laterais, ideal para botar o amp na estrada e ter a certeza de que ele vai agüentar o tranco.

Em relação à sonoridade, o Cube-60XL possui EQ de 3 bandas, além de uma série de efeitos e simuladores de amplificadores. Ele possui a tecnologia COSM® (mesma tecnologia de simulação dos principais efeitos da Boss, como a pedaleira GT-10) nessas simulações e são, realmente muito boas. São 8 amps: SUPER FLAT, FLIP TOP, B MAN, T.E, BASS360, SESSION, CONCERT 810, SUPER LOW. Cada um tem especificações e timbres bem característicos e realísticos.

Painel do Cube-60XL, visto de cima. Fácil manuseio

A função “Power Squeezer” dele é interessante, pois ele corta uns bons dB’s do amp para você tirar o cabo do contrabaixo ou simplesmente para você estudar em casa, deixando o volume baixinho, mas ainda utilizando toda a potência do amp sem perda na qualidade de sinal ou diferença na timbragem do instrumento.

Ele ainda conta com uma “Função Solo”, com uma memória digital para efeitos e volumes, que pode ser acessada através de um botão no painel ou pelo footswitch. Inclusive, falando em Footswitch, este amp possui três (sim, eu disse TRÊS) entradas traseiras para pedais de controle, o que significa que você pode transformá-lo praticamente em uma pedaleira conjunta!

Os efeitos são um capítulo à parte. Você tem uma gama de efeitos de altíssima qualidade, que você pode mesclar (com certas restrições, é verdade) entre eles. São vários: Compressor, Drive, Chorus, Poly Octave, Reverb de Room e Plate, Delay, Looper (com overdubs ilimitados) e um botão de Shape.

Entretanto, eu encontrei um ponto bastante negativo neste amp: O compressor fica no mesmo knob do drive. O Chorus fica no mesmo knob do Octave. O Delay fica no mesmo knob do looper. Ou seja, se você quiser um compressor junto de um drive, você não pode utilizar. Se quiser gravar algo em loop utilizando o Delay, você não pode gravar. Acredito que essa mescla só possa ser possível se você estiver utilizando um footswitch, o que já faz com que o amp não tenha tanta versatilidade assim, ao meu ver.

Mas isso não tira a extrema qualidade desse equipamento que honra, e muito, o nome da família CUBE da Roland. Veja um tipo de sonoridade que é possível de tirar utilizando alguns efeitos como Chorus, Delay, Reverb e o Shape:

Ficha Técnica:

– Medidas: 42cm (L) x 47,9cm (A) x 32,5cm (P)
– Peso: 16kg
– Potência: 60W
– Saídas de ar frontais para graves mais profundos
– 8 COSM® amplificadores simulados
– 7 efeitos diferentes
– Função SOLO, com memória digital de efeitos e valores
– Função POWER SQUEEZER para sonoridades sem perda de qualidade, em volumes baixos.
– Looper integrado com overdubs ilimitados
– EQ de 3 bandas
– Afinador cromático embutido.
– Saída balanceada XLR
– 3 entradas para Footswitch
– Preço: R$ 1.700,00*

Prós:

– Preço relativamente acessível para um amp com tantas funções;
– Simuladores de amps e efeitos de altíssima qualidade;
– Leve;
– Compacto;
– Fala alto!

 Contras:

– Alguns efeitos não podem ser combinados entre si (ex.: Compressor e Drive)
– Por ser um amp com várias opções de efeitos e possibilidades de utilizar vários footswitches, ele poderia ter uma angulação de 45°, e servir como retorno de palco para o baixista.

Considerações finais:

Acho que minhas considerações se resumem em uma só: Esse amplificador é uma bela aquisição, a menos que você seja um fã inveterado da Hartke como eu. Daí, eu indicaria um Kickback 15 ou até mesmo um A100, que custam um pouco mais caro, não possuem esses efeitos ou simulações de amps, mas possuem muito mais punch, e sem falar que têm o dobro (ou quase o dobro) de potência! Heheheh

Até a próxima, pesssoal.

*Preços praticados na loja A Serenata da Savassi (Belo Horizonte/MG), cotados no dia desse post

Debulhando o novo CD do Dream Theater

2 set

Faaala, pessoal!
Bom, como  muitos já devem saber, ontem vazou o novo CD do Dream Theater chamado A Dramatic Turn Of Events. De fato, um nome muito peculiar, levando em consideração que é o primeiro disco com a nova formação da banda, após a saída de Mike Portnoy em setembro de 2010. Depois de um acirrado processo de seleção, o baterista Mike Mangini (ex-Extreme, ex-Steve Vai, ex-Annihilation) é quem assume as baquetas desse novo álbum.

O disco foi produzido pelo próprio John Petrucci (guitarrista) e mixado pela lenda Andy Wallace.

Mas vamos ao que interessa né? As músicas! É claro que eu não vou colocar link para download aqui, porque não quero correr o risco do meu blog ser suspenso DE NOVO, então o link possivelmente estará nos comentários! hehehehe

Começando:

1 – On The Back Of Angels (8:43)
O bom (?) e novo Dream Theater. Muito parecida com a temática do CD anterior. Nada muito fora do padrão Dream Theater, com destaque pra passagem que fazem aos 6:57.

2- Build Me Up, Break Me Down (6:59)
Inicinho eletrônico bem estranho. Riff inicial muito parecido com o que  Korn e  Limp Bizkit fazem (sério!). Depois disso entra um pré-refrão totalmente comercial, totalmente a cara da antiga Forsaken e I Walk Beside You. Tenho certeza que eles farão uma versão “radio edit”, cortando-a próxima de 3:46, para ser o próximo single do CD!

3- Lost Not Forgoten (10:12)
Um belo solo de piano e um início épico. Tudo que uma música precisava para começar bem. Realmente, como meu amigo Zaap falou, tem um toque de Scenes From a Memory ali. Basta reparar nesse início. Totalmente The Dance Of Eternity! Fritação de teclado + guitarra e um riff pesado antes de entrar a voz. No meio da música tem umas passagens em tons maiores que dão uma leveza bem bacana antes do refrão em 5:45. Aos 6:20, a parte que eu mais esperava: A fritação do instrumental! Aos 7:25 entra o solo do Petrucci que dura 4 partes diferentes e distintas, culminando na volta do riff e a entrada do solo de Mr. Rudess. Uma volta totalmente à lá Dream Theater para se cantar o refrão, e a música termina do jeito que começa. Excelente!

4- This is The Life (6:58)
Música lentinha, com início fofinho, guitarra limpa, piano, essas coisas. Outra boa música comercial para ser lançada em rádio.

5- Bridges In The Sky (11:01)
Começa um tambor meio indígena e àos 12 segundos entra um solo (?) de um instrumento dos aborígenes Australianos chamado Didgeridoo, que mais parece um arroto! Passada a bizarrice, entra um coral lírico à lá Angra. Depois disso entra a porradaria: guitarra de 7 cordas comendo solto. Um riff bem parecido com as músicas do disco anterior do DT abre espaço para que o LaBrie comece a cantar. O pré refrão é aquele bom e velho migué em 3/4 que eles usam com frequência, quebrando um pouco do peso das estrofes. Destaque para a passagem aos 7:10, onde inicia mais um belíssimo instrumental liderado pelo teclado. Aos 8:42 temos um solo de Continuum. Na volta, o riff moldado na escala menor melódica está bem visível. Aliás, essa já é a segunda música que conta com escalas desse tipo. Seria isso uma tendência? Depois dá-lhe refrão e finalização com o mesmo riff de guitarra 7 cordas do início. E a música fecha com o mesmo Didgeridoo.

*Nota*
Já estou no meio do CD e o Mike Mangini ainda não mostrou a que veio, exceto por uma parte ou outra em que ele sobressai. O CD está totalmente dominado pela guitarra e principalmente pelo teclado. Aliás, essa é uma característica já esperada, uma vez que a maioria das músicas devem ter sido compostas na época de transição da saída do Portnoy. Segue o jogo.

6- Outcry (11:24)
Mais um início soturno, com umas baterias eletrônicas. Entra todo mundo junto aos 51 segundos, e puxa uma levada baladinha com definição em acordes maiores. Depois, bateria eletrônica e guitarra… visível a falta que um baterista faz na época de composição de um CD. Terceira música “tocável em rádio”. Por volta dos 3:10, já rola um interlúdio quebrando o clima da música e deixando-a bem maior do que ela parece ser (e olha que ela tem 11 minutos!). Aos 4:38, vooolta a escala menor melódica de novo. Dessa vez, com “solo de encantador de cobra” no continuum! hahahaha. Aos 5:28 a música começa a melhorar! 5:58 tem mais um solo de guitarra e aos 6:10 entra um riff de teclado à lá Tom e Jerry! Esse é, sem dúvida, o instrumental mais sem sentido de todo o disco! Aos 8:52, uma passagem extremamente parecida com o final do instrumental de Metropolis Pt.2 fecha o instrumental dessa música, voltando para outra parte cantada. E a música termina lenta, bem parecido com o início também. Exceto pelo início meio xôxo, essa uma música muito boa!

7- Far From Heaven (3:56)
Um belíssimo piano e voz, com toques orquestrais e harmonia impecável. Até o timbre do LaBrie casou perfeitamente com a música. Uma boa ideia utilizar essa música para contrastar com que vem a seguir.

8- Breaking All Illusions (12:26)
A música que eu estava esperando pra ouvir. Havia ouvido ela no snippet que a RoadRunner Records havia liberado e fiquei louco pra ouví-la inteira. Solo de guitarra e lead para começar. Compassos quebrados numa bateria simples e resolução da introdução naquilo que virá a ser o refrão. Para começar a cantar, todos os instrumentos fazem o “pocket”, deixando apenas bateria e baixo. Aqui vemos um legítimo Dream Theater das antigas, como em Learning To Live! Aos 3:01, o pré-refrão vem jogando a música lá pra cima com um tom maior. O instrumental da segunda parte é matador, lembrando mais a época do Scenes From a Memory. O refrão, que começa aos 4:27, é o snippet liberado pela Roadrunner Records. O pós refrão é genial: flauta + chimbal + guitarra limpa. Depois entra o instrumental numa série de compassos quebrados, piano, hammond organ e tudo que se tem direito. Depois disso tudo ainda tem um dueto de teclado e guitarra, antes de culminar numa parte mais lenta para acalmar os ânimos aos 6:05. Em 7:09 entra o solo oficial do Petrucci. Delay e uma guitarra com distorção semi limpa, se aquecendo ao longo do solo. 8:33 é o ápice do solo, terminando em 8:47, para entrar um novo riff “racha cuca” enquanto rola o solo do Rudess. Aos 10:52, volta o refrão. Aos 11:12, se aproxima o final da música onde a bateria muda completamente o andamento e torna tudo completamente inesperado, com uma harmonia diferente, mas que se encaixa perfeitamente com a parte anterior. Definitivamente a melhor de todo o CD.

9- Beneath The Surface (5:27)
A música final do disco. Começa um violão e voz, novamente com impecáveis toques orquestrados. Aos 1:11, um refrão tocado num violão 12 cordas deixa o instrumental ainda mais agradável aos ouvidos. Literalmente a frase. Aos 3:22, com uma base de violão e orquestra, entra um bom solo de lead, mas que poderia ser perfeitamente substituído por um moog ou outro timbre mais suave. Aos 4:29, LaBrie começa a cantar uma oitava acima, o que deixa a música mais melodiosa ainda. É, sem dúvida, uma música maravilhosa, que fecha o álbum com chave de ouro.

Minhas impressões sobre o disco:

De cara eu já falo: Duas músicas sem bateria e duas músicas com trechos de bateria eletrônica? Isso é que dá compor um disco sem baterista! Eu disse isso quando ouvi o single de On The Back Of Angels pela primeira vez: “posso estar errado, mas acho que o Mangini não vai mostrar serviço nesse disco!”. Dito e feito. A bateria está lá só para marcar (isso, quando tem bateria!), a guitarra e o teclado (com MUITO sample) estão dominando toda a harmonia de todas as músicas, e eu continuo dizendo: o Mangini só vai conseguir mostrar a que veio no próóóximo CD, onde ele terá um entrosamento e uma liberdade de composição maior, perante os companheiros.

O Dream Theater já foi (antigamente, na época que “menos era mais”) uma máquina de fazer sucessos do gênero Prog Metal. Hoje em dia, pra ser mais preciso, desde o Systematic Chaos, que o Dream Theater não emplacava mais de uma música que eu realmente falasse “NUH! GOSTEI!”. E esse CD realmente me surpreendeu. Das 9 faixas, posso dizer que gostei pelo menos da metade! Já é um avanço, não? Meu amigo Zaap havia dito que o CD era vários recortes de coisas antigas, e eu realmente tenho que concordar. Aliás, a melhor definição para disco, para que todos entendam é a seguinte: DEATH MAGNETIC!

Assim como o Death Magnetic do Metallica, o A Dramatic Turn Of Events é um puta CD, com músicas de alta qualidade e nível técnico, mas que tem só um pezinho no passado. Como um todo, é bem focado no que o DT vem fazendo nos últimos anos pra cá.

Levando em consideração o disco anterior, podemos ver que o Dream Theater deu um salto e evoluiu positivamente em direção a uma sonoridade “menos Avenged Sevenfold” e “mais Dream Theater”, se é que vocês me entendem! 😉

Mas que eu continuo sonhando com um disco conceitual, nos moldes do Scenes From a Memory e do Six Degrees Of Inner Turbulence, aaaah eu continuo! Um dia sai, quem sabe! 😛

Um abraço, e até a próxima!

Dream Theater - A Dramatic Turn Of Events (clique para aumentar)

Os mistérios do MusicMan piratex!

25 ago

Olá, pessoal! Mais uma vez estou de volta para mais um dos meus reviews!

Bom. Quem acessa o meu Canal do Youtube já deve ter visto que lá eu tenho um vídeo tocando em um MusicMan que, obviamente, não é meu.

Pois bem. O que acontece é que esse baixo é bastante peculiar, por se tratar de um modelo “coreano” de MusicMan.

Aí você me pergunta: “mas Rapha, os MM não são fabricados sempre em San Luis Obispo – California?”. E eu vou te responder “Sim, são! hehehehe”

O que acontece é que existem um zilhão de fábricas coreanas, chinesas, enfim, “de olhos puxados” que fabricam réplicas de TUDO, impressionantemente parecidas com os originais. E este baixo que toco no vídeo é um deles.

Mas antes de falar sobre o baixo em si, é necessário um capítulo à parte sobre a TradeTang.com, que é um dos sites onde essas réplicas são vendidas sem nenhum pudor. Esse site é uma espécie de Mercado Livre chinês + Deal Extreme, com a diferença que ali eles enviam para todo o planeta com frete grátis, como na Deal Extreme. Exceto em casos onde o produto é grande e pesado, como no caso do nosso amigo MusicMan pirata, onde há um shipping (frete), para o produto viajar de Hong Kong até a sua casa. Caso você vá comprar um MM, ou qualquer outra coisa por lá, é importante ficar de olho nas classificações positivas dos vendedores, assim como fazemos no Mercado Livre e também no eBay. E como forma de pagamento, lá eles aceitam cartões de crédito internacional ou então PayPal.

Agora voltamos a nossa programação normal!

MusicMan made in San Luis Obispo!!!!!!!11!!!1 (Aham, Cláudia, senta lá).

As madeiras utilizadas neles são, basicamente, as mesmas madeiras utilizadas nos baixos “MusicMan” da Strinberg (corpo em Basswood, braço em Maple e escala em Rosewood. Coincidência, não? hahah). Quanto às ferragens, captação e parte elétrica, eu acredito que sejam as mesmas também.

O ponto mais crítico, ao meu ver, é a captação. O modelo que testei, especificamente, veio com um circuito passivo (o que reforça ainda mais uma tese que vou explicar posteriormente). Segundo o dono do baixo, quando o MM chegou, o coitado era um “pau com corda”. Mas como as madeiras eram razoáveis e a captação não era ruim, valia a pena investir em um “Lata Velha” para o baixo!

E assim foi feito. O pobrezinho foi mandado para o Luthier Ademir, daqui de Belo Horizonte, e lá foi feita a retífica dos trastes, uma leve desempenada no braço,  uma “frankensteinzada” na parte elétrica (o luthier abriu um espaço no baixo para o compartimento de bateria e trocou o circuito para o modelo ACS, utilizado em seus baixos), blindou, trocou as cordas, apertou um pouco o jack que veio frouxo e voilà! O baixo ficou outro!

Sim. É isso mesmo! O baixo virou uma Cinderela antes da meia-noite! Uma pegada bruta, macio de tocar, captação ATIVA funcionando a pleno vapor e o aval do próprio luthier que, segundo o dono do baixo, havia dito que ali o cara tinha um MusicMan com 80% da qualidade do original.

Vocês devem estar curiosos para ver e ouvir como ficou esse monstro né? Pois então assista o vídeo abaixo. Não está com uma qualidade boa porque eu filmei com a câmera frontal do iPod. Mas eu prometo refazê-lo com uma qualidade bem superior e postar aqui em breve!

Surpreendente o timbre que ele tem!! Eu, infelizmente, não tive condições de registrar o momento da chegada desse baixo. Mas acredito que ele deve ter melhorado uns 200% depois de voltar do Luthier. Ouso dizer, inclusive, que o som desse baixo totalmente regulado é tão bom ou até melhor que o do MusicMan Stingray desregulado que testei na Serenata do Centro!

Resumindo:

À primeira vista, esse MusicMan pirata é um baixo impressionantemente igual ao original. Mas de perto notamos algumas falhas de acabamento nele. Outro ponto que constatei foi que regulagens não pegam muito bem nele, fazendo com que ele desencontre as oitavas e talvez até desafinando com frequência.

Além disso, tem uma ressalva importante a respeito do método de compra dele: o baixo é comprado em um site chinês, ou seja, fora o prazo de entrega que pode passar de meses, ainda envolve todo aquele imbróglio de “shipping” para o Brasil (o produto normalmente vem em containers), taxas da Receita Federal, possibilidades de extravio ou do produto chegar danificado, enfim… adquirir um desses é meio que um parto! Se eu puder dar a minha opinião, eu não indicaria a compra. Eu sou “cagão” demais pra comprar coisas muito caras, de lugares que eu não conheço. Ainda mais instrumento musical! Se eu não tenho coragem de comprar nem uma gaita em loja virtual, que dirá um contrabaixo! Mas… aí vai de cada um né?

Prós:

– Dois captadores humbucker.

– Chave seletora de 3 posições (braço/braço, braço/ponte, ponte/ponte).

– Madeiras razoáveis, de baixos comuns.

– Visual muito igual ao de um Music Man original.

Contras:

– Falhas no acabamento do escudo/tarrachas/ponte

– Não pega regulagem direito

– Circuito passivo para dois captadores humbuckers.

– Dificuldade para o baixo passar sem dor de cabeça pela nossa Receita Federal.

– Prepare-se pra gastar uma boa grana com Luthier, pois com certeza você vai precisar!

Ficha Técnica

• Corpo em Basswood
• Braço em Maple
• Escalas em Rosewood
• Tarraxas Cromadas
• 2 captadores Humbucker com chave seletora
• Headstock com a marca MusicMan e, no verso, escrito “Made In San Luis Obispo”
• Preço final (com os impostos, segundo o dono do baixo, sem o serviço de lutheria): Aproximadamente R$ 1.500,00

Bonus round! Teoria da conspiração detected!

A tese que falei lá em cima é a seguinte: Baixos como este Strinberg ou qualquer outro de marcas diferentes são todos “irmãos” desse MusicMan genérico. A sonoridade é muito próxima, as madeiras são as mesmas, os formatos são os mesmos, a parte elétrica e até mesmo o circuito passivo são os mesmos! Sinceramente? Acho que todos vem do mesmo lugar, com a diferença que a Strinberg tem um pouco mais de zelo com os produtos (claro, devem vir em carregamentos mais bem estocados) e que eles colocam a marca deles em vez de falsificar a marca da MusicMan, como fazem os chineses.  No mais, tudo farinha do mesmo saco. E isso é tão comprovado que eu conheço uma pessoa que comprou um baixo desses da Strimberg, trocou a parte elétrica, instalou um circuito ativo (um dos OPB’s da Aguilar, se não me engano) e agora desfruta de um puta baixo!

A grande verdade é que independente de quanto você gaste com o baixo, com taxas, com luthieria e outros gastos, o preço será mais baixo que o de um verdadeiro MusicMan. Claro que a qualidade também será, mas pra efeito de “réplica”, esse baixo é uma opção a se considera.

Então é isso. Se vocês tiverem coragem (e dinheiro disponível) para comprar um  MusicMan desses, ou quem sabe um Rickenbacker 4003, ou um Fender Precision Bass, ou um Jazz Bass, entra lá no TradeTang.com e boa sorte! hehehe

Até a próxima!

BM675. Uma grata surpresa ao alcance de todos (updated!).

22 ago

Bom, como todo mundo já deve ter reparado, um dos meus grandes passatempos é ir uma vez por semana até à Serenata da Savassi (BH/MG), para ver o que há de novo em matéria de contrabaixos, amps, pedais, etc.

E hoje, como de costume, dei uma passada por lá para ver as novidades. E o meu amigo Müller mandou eu testar o Jazz Bass Michael BM675 que tinha chegado há pouco tempo atrás. Disse que eu iria me surpreender.

À primeira vista, como muitos de vocês já devem estar pensando, eu imaginei “um Michael? Mas será? Uma marca tão conhecida por fazer instrumentos para iniciantes”. Mas não deixei esse pensamento prevalecer e peguei o baixo para testar.

Jazz Bass Michael BM675

Jazz Bass Michael BM675

Ao pegar ele pelo braço, já notei que o acabamento do braço é muito bem feito. Um braço com verniz fosco e uma linha preta marcando as laterais de todo o braço (como em um JB Marcus Miller), além das marcações em blocks pretos. Lembra muito o Fender JB do Geddy Lee (Rush).

Esse instrumento é feito com madeiras bem razoáveis. O corpo é em Basswood sólido, o braço é feito em Hard Maple e a escala é também em Maple. O sustain dele é bem bacana.

A Michael resolveu reestilizar os headstocks de seus instrumentos. E, pra falar a verdade, eu achei bem bonito. Além de ele ter o acabamento em verniz brilhante, o formato não é exagerado e a marca vem escrito em madreperola. As tarrachas são do tipo “borboleta”, padrão para esse tipo de instrumento.

Headstock reestilizado

Headstock reestilizado

Uma coisa muito interessante que eu não posso deixar de comentar é que, como podemos ver na foto abaixo, ele vem com pickup covers na ponte e no braço. Apesar de eu não gostar muito, porque prefiro tocar em cima dos captadores, eu acho estiloso pra caramba, além de eu ter percebido um realce na sonoridade dos slaps.

Corpo do JB Michael BM675

Corpo do JB Michael BM675

O baixo tem um timbre muito legal, apesar de que se o captador do braço estiver fechado, o som não é tão legal. Mas se deixarmos os dois captadores 100% abertos e darmos uns slaps, veja a sonoridade do bichão:

Bem honesto, não é?

É claro que não podemos esperar de um baixo como esse, um desempenho de um Fender Jazz Bass Americano. Mas para a sua faixa de preço, é uma pedida e tanto! Salvo engano, este é o contrabaixo com o preço mais barato da Serenata (R$ 520,00). Não o encontrei vendendo em lojas virtuais, mas acredito que caso haja alguma loja virtual vendendo, o preço deve ser ainda mais baixo. Mas é aquele negócio: comprar instrumento musical em lojas virtuais, sem testá-lo primeiro, pode significar uma bela dor de cabeça quando o produto chegar à sua casa.

Resumindo:

O contrabaixo Jazz Bass BM675 da Michael é uma ótima opção para quem quer começar a tocar, e procura um contrabaixo com uma boa sonoridade e um preço bem acessível. Além de muito bonito e muito estiloso, o contrabaixo tem o acabamento muito bem feito para a sua faixa de preço.

Quanto a parte elétrica, os dois captadores em pleno funcionamento trazem um grave bem pesado ao instrumento, favorecendo aqueles que curtem uns slaps. Por sua vez, um ponto negativo é que o captador da ponte não tem um som tão bacana, além de dar um pouco de chiado. Mas acredito que uma boa regulada em um Luthier de confiança já deve corrigir estes dois problemas.

Ele já vem com um encordoamento .040, encordoamento de tensão leve, que favorece aqueles que estão começando a tocar agora. A altura da corda está razoável, o que traz uma grande versatilidade ao instrumento.

Ficha técnica:

• Corpo em Solid Basswood
• Braço em Hard Maple
• Escalas em Maple
• Tarraxas Cromadas JB Standard
• 2 captadores Single Coil com Pickup Cover
• Headstock reestilizado
• Encordoamento .040
• Trastes tamanho X-Jumbo
• Marcadores de escala tipo “Square Block” preto
• Filete preto na lateral da escala
• Preço na A Serenata – BH/MG: R$ 520,00

Importante ressaltar que eu não recebo nenhum centavo da Michael ou da Serenata ou de qualquer outra marca para fazer este tipo de post. Posto porque eu gosto de valorizar aquilo que realmente merece ser valorizado, além de achar que isso funciona como um “serviço de utilidade pública” para aqueles que precisam de informações.

[update]

Opa! Passei lá na Serenata hoje e vi que chegou um “irmão” do BM675. Dessa vez, é um contrabaixo preto, com escala em Rosewood, escudo Tortoise e marcação de blocks em madrepérola. De resto, mesma configuração do anterior.

BM675 Preto / Escala Rosewood / Escudo Tortoise

Na pegada, a única diferença que notei nele em relação ao outro, é que o braço dele é bem mais grosso (bom pra quem curte os Warwick), e que o timbre dele é bem mais fechado, em virtude da madeira da escala.

BM675 Preto / Escala Rosewood / Escudo Tortoise

Dessa série, tenho apenas dois pontos negativos a destacar, sendo que um deles vale para todos os instrumentos da Michael:

Bom, o primeiro (e específico para o instrumento em questão) é que a Michael não pode mudar a espessura do braço de instrumentos de mesmo modelo, sem deixar bem explícito que isso foi intencional. Caso isso tenha sido um erro desse baixo especificamente, acho que convém consertar isso retirando o instrumento de linha. Isso acaba demonstrando um descaso no controle de qualidade dos instrumentos.

O segundo ponto, e esse é dito de maneira geral, é que todas as escalas em Rosewood dos instrumentos da Michael que eu reparei, estão MUITO mal cuidadas. A madeira está muito ressecada e isso dá um aspecto muito feio ao instrumento. E digo que esse recado é geral porque além desse baixo, testei a Guitarra  Michael GM750 e ela tinha o mesmo problema na escala.

Não sei se isso é um problema de acondicionamento da madeira, se é um problema isolado de algum lote, ou sei lá. Mas fato é que isso dá uma aparência muito feia ao instrumento, fazendo com que todos saiam perdendo: a loja por não conseguir vender, o cliente por sair insatisfeito e a Michael por ter seu nome associado a instrumentos de baixo controle de qualidade.

No mais, mantenho a minha posição em relação a essa série da Michael: é um instrumento muito bom. Só continuo não recomendando comprar instrumento musical sem testar. Se você não tiver a manha em ver os pontos mais críticos em um instrumento, chame alguém para te acompanhar na compra. E caso for comprar em lojas virtuais, cuidado pois isso pode significar uma bela dor de cabeça quando o produto chegar à sua casa.

Até o próximo post (ou o próximo update)! 😀